As mulheres são mais emocionais do que os homens?
postado em 6 de março de 2014por Alex Taylor
Os homens costumam reclamar que as mulheres são muito emocionais; as mulheres costumam reclamar que os homens não são emocionais o suficiente. Esses são estereótipos. Um artigo no blog da terapeuta Lisa Franchi Usando seu cérebro emocional para melhorar seu relacionamento confirma esses cenários. Ela afirma que a pesquisa moderna do cérebro está abrindo evidências factuais para apoiar nossas teorias sobre as diferenças entre os sexos.
Para explicar esses estereótipos, devemos voltar aos tempos primitivos, quando as mulheres passavam a maior parte do tempo em casa com outras mulheres e seus filhos. Os homens, por outro lado, estavam caçando, coletando ou lutando. Assim, devido à constante comunicação e interação social, a parte emocional do cérebro feminino se desenvolveu de forma mais eficaz - e agora é 25 por cento maior do que a masculina.
Os cientistas já sabem há algum tempo que homens e mulheres têm diferenças na estrutura cerebral.
Em 2001, pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que diferentes partes do cérebro tinham tamanhos diferentes em homens e mulheres. Eles descobriram que a área responsável pela tomada de decisões e solução de problemas (o lobo frontal) e a área responsável pela regulação das emoções (o córtex límbico) eram maiores nas mulheres. Por outro lado, ambas as partes do cérebro que regulam o comportamento sexual e social (amígdala) e a percepção do espaço (córtex parietal) eram maiores nos homens.
Por causa disso, as mulheres são muito melhores em detectar mudanças sutis de humor, desde expressões faciais e tom de voz. Ter um cérebro emocional mais profundo também é a razão pela qual as mulheres tendem a gastar tanto tempo pensando em seus relacionamentos. Os homens, por outro lado, passam mais tempo pensando em esportes e trabalho - a versão atual da caça e da coleta. Embora essa diferença nos cérebros emocionais seja frequentemente vista como um problema, ela na verdade tem uma função útil para estabelecer o equilíbrio em um relacionamento. O desequilíbrio emocional do homem funciona bem ao oferecer proteção contra o sofrimento, de modo que ele pode ficar calmo em uma crise enquanto o cérebro da mulher se concentra em nutrir ou resgatar.
Os dois cérebros podem trabalhar juntos positivamente. Assim, em uma crise como uma casa pegando fogo, o homem pode se concentrar em apagar o fogo, enquanto a mulher pode pedir ajuda e resgatar os filhos.
Quando se trata de recuperação do vício, os relacionamentos geralmente precisam de reparos. As diferenças nos cérebros emocionais de homens e mulheres podem causar problemas e mal-entendidos. Por exemplo, as mulheres podem pensar que seus parceiros não estão mais interessados nelas quando não falam muito durante as conversas ou quando querem sair com amigos em vez de ficar em casa. Os homens, por outro lado, podem se sentir incompreendidos porque a parceira não reconhece suas necessidades de 'espaço', 'ação' ou 'desafios'.
Casais trabalhando em seu relacionamento podem se beneficiar ao compreender suas diferenças cerebrais. Por exemplo, conversas emocionais costumam estressar um homem. Alguns homens podem tolerar apenas uma conversa emocional de 10 minutos. Mais do que isso pode desencadear 'fadiga emocional' e a resposta de 'lutar ou fugir'. Quando um homem começa a mostrar desconforto ou parece estar se desligando, algumas mulheres podem aumentar o calor neste ponto, talvez se sentindo ignoradas ou rejeitadas, mas isso pode resultar em maiores problemas de comunicação; a mulher faria melhor nesse caso para manter a conversa curta. Felizmente, muitas mulheres são boas em sentir desconforto emocional nos homens, mesmo antes que os próprios homens percebam (e alguns homens são igualmente bons nisso).
Reconstruir um relacionamento danificado pode ser um dos maiores desafios na recuperação, e compreender os pontos fortes e fracos do parceiro desempenha um papel crucial. As diferenças entre o cérebro emocional de um homem e de uma mulher podem parecer a origem de um problema, mas tiveram um propósito. Eles existem não apenas para criar equilíbrio, mas também para ajudar um casal a trabalhar junto.
Última página revisada e clinicamente verificada | 27 de julho de 2021
Postado em Educação Tagged addiction
Grupo Inter Clinicas - Publicado em 04/09/2021.
