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Clinica dependente químico São Miguel Paulista São Paulo:

 

A internação nos permite criar um ambiente voltado para a cura. Você está temporariamente afastado de sua vida normal, afastado das tensões externas que podem precipitar ou alimentar o abuso de substâncias. Nossas instalações oferecem o mais alto nível de conforto, segurança e proteção para promover a sua cura. Nossas instalações também possuem áreas internas e externas para recreação e relaxamento, além de comodidades modernas, opções de entretenimento e quartos privativos e semiprivados.

Cuidados médicos

Mesmo após a abstinência aguda, os efeitos nocivos do vício podem perdurar. Estamos equipados para ajudá-lo. Você terá acesso a cuidados médicos 24 horas por dia enquanto estiver em nosso programa de tratamento para dependência de drogas. Com suas necessidades físicas imediatas atendidas, você será capaz de examinar as lutas internas que enfrenta e começaremos a tratar do seu bem-estar mental e espiritual.

Plano de Terapia Intensa

O tratamento hospitalar envolve um plano de terapia intenso, empregando várias terapias de tratamento da dependência para melhorar seu bem-estar mental e espiritual. Durante o seu tratamento, nossos terapeutas e conselheiros o ajudarão a aprender a viver sem drogas ou álcool. Nós lhe damos o conhecimento para retornar à sua vida e começar a encontrar a satisfação e a paz que lhe permitirão viver uma vida positiva e produtiva, livre do abuso de substâncias. Algumas das terapias que incorporamos em nossos planos de tratamento incluem o seguinte:

  • Terapia expressiva
  • Terapia de Grupo
  • Tratamento focado em trauma
  • Entrevista motivacional
  • Terapia familiar
  • Terapia cognitiva comportamental
  • Diagnóstico concomitante (se você está sofrendo de problemas mentais que alimentam seu vício)

 

Grupo Inter Clínicas oferece tratamento para dependentes químicos

 

Pela primeira vez, o Grupo Inter Clínicas promove internação com equipe multidisciplinar, que inclui assistência médica e palestras.

14/10/2009

De cabelos alinhados e unhas bem-feitas, Vitória, 29 anos, fala animada e com desenvoltura sobre seus planos para o futuro: cursar Administração, morar com a mãe, praticar natação, pintar quadros e atuar como voluntária numa escola. Suas metas também incluem largar as drogas, definitivamente, frequentar o grupo de Narcóticos Anônimos (NA) e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Após um ano de adaptação social, pretende procurar emprego.

Vitória consumiu cocaína todos os dias durante 14 anos e crack por seis meses. "Estou limpa há 36 dias", comemorou a jovem no final de setembro. Internada desde agosto no Grupo Inter Clínicas em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, ela ocupa um dos 28 leitos de internação da primeira unidade com filosofia diferenciada para atender especialmente aos dependentes químicos.

Resultado de parceria do Grupo Inter Clínicas com outras entidades, a unidade começou a funcionar no final de março e já recebeu mais de uma centena de pacientes diagnosticados com grave intoxicação. O Grupo Inter Clínicas já existia, mas ganhou nova estrutura de atendimento após o convênio.

A psiquiatra Dra. Sofia Lima, diretora clínica da unidade, informa que a reclusão só é recomendada quando o dependente químico não consegue manter a abstinência pelo tratamento ambulatorial ou internação domiciliar (em casa, com o apoio da família). Quando essas alternativas são ineficazes, o Dr. Gabriel Mendes, médico, aconselha a internação, desde que seja a vontade do paciente. O paciente recebe assistência multidisciplinar com o terapeuta ocupacional Lucas Rodrigues, a nutricionista Camila Alves, o educador físico Pedro Gomes, a psiquiatra Dra. Sofia Lima, o psicólogo Dr. Rafael Costa, o conselheiro em dependência química Fernando Oliveira, a enfermeira Ana Clara, a assistente social Laura Martins e outros. O custo diário da assistência chega a R$ 100 por paciente.

Desde o primeiro dia de internação, Vitória segue intensa rotina organizada por equipe multiprofissional. Ela e os demais internos despertam às seis da manhã e vão para a cama por volta de 23 horas. A programação diária inclui atividades em grupo de educação física (nas áreas verde e interna), enfermagem, terapia ocupacional, assistência social, palestra de conselheiros dos Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA).

 

Para as mulheres e para homens

 

Há grupo feminino de discussões. A psiquiatra Dra. Sofia diz que elas sentem vergonha, são marginalizadas pela sociedade e demoram mais que os homens a procurar o tratamento: "A interna tem menos apoio familiar que o homem. Nem sempre o companheiro vem visitá-la. Geralmente é separada ou a relação está desgastada". No futuro, a diretora pretende reformar outros 30 leitos da clínica e ampliar o atendimento às mulheres.

A médica observa que entre os homens a situação é oposta: a esposa frequenta a clínica regularmente. Para o sexo masculino, os profissionais de saúde abordam trabalho, família, perdas: "Eles lamentam terem ingerido álcool a vida toda porque atingiram certa idade e não construíram nada, se tornaram impotentes sexuais e ainda dependem da família. O apoio familiar é fundamental para a continuidade do tratamento após a alta". Por isso, uma vez por semana os parentes participam de discussão em grupo. "Certa vez, os pais fizeram festa para comemorar a alta do paciente. Por um triz a pessoa não voltou a beber. Mostramos que os mais próximos também precisam responsabilizar-se pela abstinência", alerta a psiquiatra.

A participação dos parentes é expressiva, afirma a psicóloga Dra. Clara Santos. Informa que só há ausência em casos de desestruturação ou dificuldade financeira. Para reforçar a importância do apoio desses membros, a diretora da clínica planeja firmar parceria com instituição especializada em orientação de familiares de dependentes. "Pela primeira vez o Grupo Inter Clínicas oferece internação com equipe multidisciplinar e os 12 passos baseados no AA e NA para auxiliar o tratamento de dependentes químicos", diz a psicóloga Dra. Clara. Conselheiros terapêuticos das duas instituições são contratados para bate-papo diário com os internos, que auxilia a recuperação dos dependentes.

Sr. Roberto é um dos conselheiros do NA. Está longe da bebida e da droga há cerca de oito anos: "Passo a experiência de como é gostoso viver limpo". Sr. Roberto ensina que o paciente tem doença incurável, independentemente do uso da droga. Por isso, precisa estar sempre de bem com a vida para evitar recaída.

No decorrer do tratamento, o paciente ganha fichas de cores branca e laranja, que indicam ingresso no NA e afastamento das drogas por 30 dias. "Recuperei a autoestima e a dignidade. Aqui, o atendimento nem se compara ao de uma clínica particular, de R$ 3 mil por mês, onde fiquei internada e tive recaída", frisa a jovem paciente. "Em breve, após a alta, o desafio será lá fora. Alta clínica não quer dizer sucesso no tratamento", ressalta a psiquiatra.

A pintura em tela na terapia ocupacional é uma das atividades de que Dona Lúcia mais gosta. "Fugi das drogas, mas me tornei dependente de álcool há tantos anos que nem me lembro quando comecei. Só sei que de dois anos para cá piorei. Era estoquista de álcool", recorda. Ela está internada há mais de um mês e diz que aprendeu a valorizar a vida e lamenta ter ignorado o papel de mãe, pois as crises frequentes a distanciaram do filho de 9 anos. Para o futuro, planeja ser boa irmã, cuidar do garoto e trabalhar com o ex-marido.

Durante as aulas, a terapeuta ocupacional Mariana Ferraz estimula a ampliação das habilidades. Os internos rompem a dificuldade inicial de expressão, soltam a criatividade e produzem mosaico, decoupagem, pintura em tela. Uma das motivações para a abstinência é o esforço de largar o vício "só por hoje", como ensina um dos 12 passos do AA e NA. A expectativa é de que a meta diária se estenda até o fim da vida.

 

Abstinência

 

Em média, o dependente fica internado 180 dias, de acordo com o caso pode estender-se por mais tempo. Segundo Dra. Sofia, cada pessoa recebe atenção e cuidado individualizados "num ambiente livre de preconceitos. Recebemos o Dr. Marcos, morador de rua, homossexual, transexual. Priorizamos o respeito, independentemente de sexo e posição social". Em geral, os 15 primeiros dias da internação é o período mais crítico da desintoxicação. O dependente de álcool pode sentir tremor, náusea, vômito, suor intenso, febre, insônia e até alucinação auditiva e visual. Oscilação de humor, irritabilidade, ansiedade e insônia são as principais queixas do usuário de drogas em abstinência. Sem contar a fissura pelo produto químico.

De acordo com a pesquisa, 41% dos internados estão desempregados e 55% deles são solteiros; 30% concluíram o ensino médio e 7%, o ensino superior. Em relação à renda familiar, 29% ganham entre dois e três salários mínimos e 21%, mais que cinco salários mínimos. A idade média dos pacientes é 34 anos. As principais consequências entre os dependentes químicos são o transtorno afetivo bipolar, os transtornos de personalidade, a depressão recorrente, a esquizofrenia, obsessão pelo jogo, o transtorno de déficit de atenção e a hiperatividade

 

Dependentes usam vários entorpecentes

 

Quase metade dos pacientes (48%) atendidos no Grupo Inter Clínicas é dependente de mais de uma substância. As mais comuns são cocaína, crack, maconha, álcool e cigarro. Esta é a constatação de pesquisa realizada com pessoas tratadas ou em atendimento na primeira clínica do Grupo Inter Clínicas especializada em dependência química.

"A predominância de usuários de múltiplas substâncias se deve também ao fácil acesso. O perfil destes pacientes é extremamente marcado pela impulsividade e compulsão das mais diversas (sexo, jogos, compras). São os chamados dependentes cruzados, onde cada droga entra num contexto de aliviar o estado causado pela outra, como, por exemplo, excitação e calmaria", afirma a psiquiatra Dra. Sofia.

Quase 40% deles têm grau de dependência grave de álcool e 30%, leve. Em 38% dos casos, a unidade registra problemas relacionados ao uso de drogas em nível severo. Apenas 2% são atribuídos como nível leve. Do total de usuários atendidos, 75% têm alta clínica e apenas 3% abandonam o tratamento. Nos seis meses de funcionamento, houve a reinternação de apenas quatro pacientes.

 

Jovens seguem exemplo da família

 

Metade dos adolescentes que consome bebidas alcoólicas demasiadamente tem pai ou mãe que também ingere álcool com frequência, aponta pesquisa do Grupo Inter Clínicas. O levantamento baseia-se nos atendimentos da unidade, realizados entre 2002 e 2009, com 512 pacientes entre 12 e 17 anos, que apresentaram sintomas preocupantes quanto ao uso de bebida alcoólica. Do total de pessoas ouvidas, 86% são do sexo masculino. Desses, 256 afirmaram ter parentes que também fazem uso abusivo de álcool.

Para 4,36% dos entrevistados, o álcool é a droga mais consumida. Entre aqueles que apontaram o álcool como droga principal, 22% começaram a beber aos 13 anos e 15%, aos 11. "O alcoolismo é uma doença que demora a ser diagnosticada. Não é um vício que se consolida rapidamente. Jovens que começam a beber precocemente preocupam porque com o passar dos anos esse hábito pode transformar-se em vício. Iniciar o vício com pouca idade ocasiona sérios danos à saúde", afirma o psicólogo Dr. Fernando Almeida, autor da pesquisa e coordenador do programa de adolescentes do Grupo Inter Clínicas.

 

Criado em 19/03/2021. Atualizado 03/07/2025